A Mesa de Jogo, esse estranho

V
estígios de épocas passadas, testemunhos de costumes e hábitos agora obsoletos ... Objetos antigos despertam grande interesse hoje mais do que nunca.
Antiguidades são um mundo fascinante e misterioso, tudo para ser investigado e descoberto.
Nesse sentido, decidimos dedicar uma série de insights ao tópico para destacar suas particularidades e curiosidades que publicaremos periodicamente.
O primeiro encontro com o Classic é dedicado a um móvel interessante que caiu em desuso.
É
um móvel que não aparece mais nas casas modernas, exceto com uma função meramente decorativa: a mesa de jogo.
Nascida na Idade Média, a mesa de jogo passou por várias evoluções até seu desaparecimento quase definitivo no século XX.
Antes do reinado de Luís XV, qualquer mesa podia ser usada para esse fim: bastava colocar um pano de veludo ou linho e voila, a mesa estava pronta para receber infinitos jogos de cartas ou rascunhos.
F
oi apenas no século XVIII, na era de ouro dos móveis franceses, que a mesa adquiriu uma função específica com base em seu uso.
Dizem que Maria Antonieta, a então rainha da França, tinha um verdadeiro vício em jogos de azar e certamente não era a única ... Grande parte da nobreza francesa considerava o jogo uma das principais formas de entretenimento.
Foi assim que os principais artesãos da época criaram mesas altamente especializadas, projetadas especialmente para os jogos mais populares: xadrez, damas, o amado tric-trac e assim por diante.
Essas eram peças muito refinadas, geralmente muito elaboradas; os mais interessantes eram modulares, equipados com gavetas e compartimentos secretos.
A
verdadeira estrela desse período foi a mesa de jogo semicircular.
Aberto, ele podia receber até sete jogadores; no final dos jogos, a mesa era dobrada e colocada contra a parede, onde, minimamente volumosa, assumia uma função decorativa.
O mobiliário do estilo Luís XVI é considerado um dos mais bonitos de todos os tempos; simples e refinado, caracterizado por linhas clássicas e elegantes.
Eles contrastam fortemente com a assimetria e abundância de elementos decorativos dos rococós e Luís XV.
Um elemento chave é a recuperação dos temas da cultura grega e romana clássica, que se traduz em formas lineares, composições geométricas, decorações simétricas e evocativas do mundo antigo.
Característica desse período são as salas de estar, de jogos, de chá e de café, contidas nos volumes e com pernas finas de seção quadrada, com cone cônico ou pés em forma de pirâmide.
Após a Revolução Francesa, haverá uma maior rigidez e simplificação do mobiliário.
O estilo Directoire será mantido (do qual a tabela de jogos na imagem acima é um exemplo esplêndido).
Com uma elegância bastante rígida, mantém as formas clássicas do período Luís XVI, esvaziando-se de incrustações, de elaborados bronzes.
O mogno, com sua cor austera, mas imperial, lentamente se torna a madeira mais popular e solicitada (que se tornará uma das características da era do Império) sem muito frescura.
S
erá no período do Império que os móveis voltarão a ser enriquecidos com todos esses símbolos esculturais ligados ao Império Romano e à figura de Napoleão.
Após a queda do Império Napoleônico, haverá um desenvolvimento adicional desse tipo de mobiliário que responderá à necessidade de mobiliar as casas da nova classe burguesa.
Como sempre, já estamos trabalhando no próximo compromisso da semana: se você tiver sugestões ou sugestões, elas serão bem-vindas.
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